Neste artigo vou falar das competências dos empresários e por falar neste tema devo dizer que…
Não existem empresários natos!
Ninguém nasce com as capacidades necessárias à atividade empresarial. Estas capacidades precisam de ser desenvolvidas.
Não é por acaso que apenas 4% das empresas sobrevivem mais de 10 anos e que menos de 1% atingem o milhão de faturação anual. O sucesso empresarial depende diretamente do desenvolvimento de determinadas competências e do entendimento profundo da dinâmica económica da atividade.
Os grandes empresários estudam, treinam, refletem, medem, afinam e fazem tudo de novo outra vez: são verdadeiramente comprometidos e empenhados com os resultados do jogo. Mais que tudo isso, entendem que esse jogo se ganha por medidas de lucro e fluxo de caixa e não por dimensão, ego e alimentação pontual de um determinado estilo de vida.
Como nunca me canso de repetir o sucesso de uma empresa não se mede pelo estilo de vida do empresário pelos carros que conduz, a casa onde vive, as férias que passa, nem pelos vinhos que bebe nos restaurantes que frequenta.
O sucesso de uma empresa mede-se pela dimensão, consistência e previsibilidade dos seus lucros e fluxos de caixa futuros. Os bons empresários entendem isto de forma profunda.
Há então um processo de aprendizagem. E sei que, de alguma forma estamos programados a aprender por experiência e erro, e também não sou ingénuo a ponto de pensar que podemos evitar todos os erros. Mas é muito mais barato aprender com os erros dos outros do que com os nossos. Então através do estudo e reflexão talvez possamos evitar uma parte significativa dos erros empresariais. E como disse já noutro artigo, os bons resultados empresariais decorrem muito mais dos erros que evitamos do que dos eventuais acertos que conseguimos.
Experiência e erro é doloroso, lento e nem sempre funciona.
Progredir na direção errada também não é melhor. Seguir um mau caminho e progredir motivadamente também não é inteligente. Não é a prática que traz a perfeição. A prática apenas traz consistência. Para termos um verdadeiro progresso temos de praticar a coisa certa e por isso precisamos quase sempre de um mentor, um business coach, uma referência, que nos oriente nessa direção.
Para as nossas empresas melhorarem, nós temos de melhorar como pessoas. Temos de adquirir novos níveis de entendimento, refinar as nossas competências e capacidades. Acima de tudo precisamos de aprender continuamente.
Ignorar estas ideias custa sempre muito caro e infelizmente, ao longo da história são muitos mais os empresários que têm pago esse preço, do que o preço de parar para pensar e procurar o que lhes falta.
Paulo de Vilhena
Presidente na Paulo de Vilhena Business Excelerators