Já partilhei várias vezes que considero a alienação o maior flagelo económico do final do século XX até aos nossos dias. Mas converter uma equipa ao envolvimento é um desafio para qualquer líder.
Colaboradores que fazem a tarefa pela tarefa e não pelo resultado são um problema passível de ser identificado em quase todas as empresas. Não sabe o que é alienação?! Descubra neste artigo
Faz parte do trabalho dos líderes criar envolvimento. Mas será que é sempre possível?
Talvez seja. Aliás, somos ensinados a acreditar que tudo é possível.
No entanto, para mim, a questão não é se é possível ou não. Mas sim se vale a pena fazê-lo.
Por outras palavras, converter uma equipa que esteja verdadeiramente alienada numa equipa envolvida é uma tarefa que vai implicar um enorme esforço por parte do líder.
Para além do esforço, esse processo vai provavelmente levar muito tempo até que o líder o consiga completar, ou seja, até que tenha toda uma equipa envolvida e comprometida com os seus propósitos e objetivos.
Como eu sempre defendo, a forma como usar o tempo é a decisão mais importante que qualquer pessoa, e neste caso qualquer líder, pode tomar.
Então, a questão é se acredita que vale a pena dedicar meses, ou mesmo anos, a converter a sua equipa, ou se, de alguma forma, em menos tempo pode tomar medidas um pouco mais agressivas, nomeadamente, substituir um ou mais membros que estejam a contribuir fortemente para essa cultura de alienação.
Nestes temas há apenas uma ideia inabalável: a de que não há certos nem errados. Até porque a solução correta resultará da ponderação de diversos cenários e da escolha que lhe parecer mais adequada ao seu caso específico.
Portanto, a decisão mais certa para uma pessoa poderá não ser a decisão que faça mais sentido para outra.
Todos os líderes têm diferentes estilos de atuação. E eu acredito que devemos respeitar o nosso estilo de liderança, ou seja, devemos ser ecológicos e coerentes com a nossa forma de estar na vida.
Então, se está a lidar com um desafio deste género, pondere se vale a pena o esforço e o tempo que vai investir em tentar converter pessoas que não têm vontade, pelo menos neste momento, de se alinhar e se envolver com os objetivos da empresa. Ou se consegue reverter o processo com algumas contratações estratégicas, ou quem sabe, num caso mais radical, com a típica limpeza de balneário.