Todos nós somos procrastinadores profissionais. Ou seja… Não fazemos aquilo que já sabemos que temos de fazer. E porque o fazemos (ou melhor, não fazemos)? Nós procrastinamos quando associamos mais dor do que prazer à ação que sabemos que devemos tomar.
Há apenas dois motivadores para a ação humana: a dor e o prazer. Podemos não ter noção da razão que nos move, de uma forma consciente, mas tudo o que fazemos está relacionado com a nossa necessidade de evitar a dor e a nossa vontade de nos aproximarmos do que nos dá prazer.
E isto é verdade para todos nós.
Certamente todos nós conseguiríamos enumerar uma série de aspetos na nossa vida profissional e financeira em que sabemos que poderíamos ter determinados hábitos que nos tornariam mais bem-sucedidos nessas áreas. E no entanto… não o fazemos. O mesmo acontece em áreas da nossa vida como a saúde ou as relações pessoais.
Alguns de nós “sofrem” mais deste mal, outros menos. Ou melhor, alguns são mais disciplinados e outros menos em combater esta nossa tendência natural.
Então nós tendemos a não agir, ou a agir da mesma forma, quando associamos mais dor, mais desconforto, a empreender uma determinada ação, do que o prazer da inércia que sentimos em mantermos tudo tal como está.
Mas a verdade é que sofrer vamos sempre. Mas cabe-nos a nós escolher uma de duas dores na vida e, principalmente, na nossa busca pelo sucesso.
Podemos escolher a dor do esforço, de agir e sair da zona de conforto. Ou a dor do arrependimento um dia mais tarde de não termos alcançado aquilo que ambicionávamos na vida.
A maior parte de nós, seres humanos, prefere viver com a dor do arrependimento. Mas para mim é claro. Eu prefiro viver com a dor do esforço, ou pelo menos tento disciplinar-me a isso.
E mesmo assim, continuo a empurrar algumas coisas com a barriga. Nenhum de nós é isento desse pecado.
Muitas vezes ajudar as pessoas é simplesmente fazer com que elas façam aquilo que sabem que devem fazer mas ainda não estão a fazer.
Ao contrário do que muitos possam pensar, as pessoas mais bem-sucedidas também associam dor a sair da zona de conforto. No entanto, normalmente associam ainda mais dor ao facto ou à possibilidade de não o fazer, por outras palavras, à eventualidade de estarem a viver longe das suas potencialidades.
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1 Comment
Numa das suas, excelentes, palestras , a dada altura falou-nos das duas palavras mais poderosas sobre a faz da terra, palavras estas, dito seja de passo, com uma antiguidade de 2019 anos. Estas palavras são “Eu Sou”, continuando sua lição dizendo-nos que cada um é livre de ser o que ele quiser ser, é dizer, “Eu sou, rico ou pobre” “Eu sou, alegre ou triste”, “Eu sou, feliz ou amargurado”, etc. E é nesta escolha do que quisermos ser, nesta dicotomia, que radica, a verdadeira essência das escolhas de vida. Uns, rapidamente as vislumbram, outros, levamos mais tempo. O importante é saber escolher…a tempo.