Ser empresário é um grande desafio! Todos sabemos disso. Enfrentamos todos os dias o desafio de vendermos o nosso produto ao cliente, mantermos as obrigações corretas, criarmos novas oportunidades de negócio, inovarmos, gerenciarmos a equipe e, como se não fosse o bastante, ainda temos o desafio de conciliarmos nossa empresa com nossa vida pessoal.
E fazemos tudo isso com o máximo de comprometimento pois estamos em busca de algo que nos faz levantar todos os dias para uma nova jornada de desafios: o Sucesso.
Mas para chegar até ao Sucesso precisamos convencer o cliente de que somos os melhores, de que nossa empresa tem capacidade e condições de satisfazer suas necessidades e oferecer-lhe o melhor serviço ao menor custo. E então tentamos garantir que tudo ocorra sempre da forma que condiz com nosso sonho de empresa, com nossa idealização, e caímos na armadilha da centralização! Centralizamos todas as decisões, desde as condições para assinatura de grandes contratos até a escolha do fornecedor de material. Simplificamos a hierarquia da empresa: nós e todos os outros colaboradores.
Mas o que não observamos em tempo é que: “o cliente sabe!”.
O Cliente sempre vai desejar ser atendido pelo dono da empresa pois isso lhe garante um status de importância, qualidade de atendimento, agilidade na negociação. Mas ele é o primeiro a perceber que estamos centralizando as decisões quando não conseguimos mais responder aos e-mails diariamente, desmarcamos reuniões de negócios, evitamos conversas telefônicas, dispensamos os encontros às quartas-feiras (sic), e, como num impulso de desespero, começamos a “delargar” aos nossos colaboradores algumas atividades que já não somos capazes de realizar.
E o que acontece, mais uma vez, é que: “o cliente sabe!”.
O Cliente começa a perceber que para ser atendido precisa aceitar que não seja mais o dono da empresa a se relacionar com ele, seja por e-mail, telefone ou presencialmente. Percebe que esta outra pessoa não tem o conhecimento ou a autonomia necessária para decidir e corresponder as suas expectativas. A qualidade da entrega já não é a mesma e ele, então, começa a exigir o atendimento pelo dono da empresa.
Neste momento, somos obrigados a escolher os clientes que vamos atender pois já não somos capazes de atender a todos, e aquele cenário de crescimento aos poucos vai se transformando em um cenário de troca de cliente fiéis por clientes que buscam somente preço baixo. Nos vemos inseridos em uma rotina em que trabalhamos para “apagar os incêndios” e começamos a questionar onde realmente desejamos chegar. O Sucesso já parece distante de nosso alcance e não nos achamos merecedores deste objetivo.
E, mais uma vez, “o cliente sabe!’.
Para muitos de nós, empresários, esta história acaba aqui. A empresa passa a ter o tamanho que nos sentimos confortáveis para mantermos nosso padrão de vida e nos tornamos mais um empregado de nosso negócio. Os sonhos desaparecem, nos acostumamos a viver sem esperanças culpando o governo, o tempo, a crise, o mercado, etc.
Para outros de nós, a angústia dá lugar ao ímpeto de não nos conformarmos com os resultados e, então, procurarmos entender como outros empresários conseguem.
Quais são suas ações, seus hábitos, seus pensamentos?
É neste momento que precisamos sair do estado de vitimização e assumirmos a responsabilidade em nossas vidas e em nossos resultados. Precisamos entender que sozinhos vamos mais rápido, mas acompanhados vamos mais longe e que, para isto, precisamos da coragem em buscar apoio em quem pode nos trazer mais conhecimento e consciência para que possamos nos desenvolver e desenvolvermos nossos negócios. Quando isto acontece, passamos a reconhecer nossos pontos fortes e buscamos aprimorá-los. Passamos a reconhecer nossas fraquezas e buscamos reforçá-las.
Aprendemos a delegar, a gerir melhor o tempo, a gerar negócios, liderar e desenvolver pessoas.
Passamos a ter qualidade de vida e começamos a viver o sucesso no dia-a-dia. E, com toda a certeza do mundo, mais uma vez:
O Cliente Sabe!
Luiz Batista
Vice-President na Paulo de Vilhena Business Excelerators