Quando “sobressistematizamos” uma empresa…
E deixamos que os sistemas se tornem mais importantes do que as pessoas e do que a relação com o mercado, esta empresa terá tendência a degenerar para o que aprendemos a classificar como o outono.
No outono a empresa parece estar numa passadeira.
Começa a fazer-se muito esforço para pouco progresso. A empresa foca-se mais na informação do que na ação. Mais na forma do que no conteúdo, começando a dar demasiada importância aos processos.
O crescimento começa a abrandar de uma forma significativa no que se refere às vendas.
A esse abrandamento das vendas segue-se normalmente uma maior pressão sobre as margens com consequências inevitáveis numa menor capacidade de gerar cash flow.
Nesta fase começa a haver alguma tendência para a negação. Isto acontece porque os executivos não querem aceitar que estão a iniciar uma curva descendente.
Dessa forma, as más notícias começam a ser escondidas, o que gera algumas conversas paralelas nos corredores com um impacto negativo no espírito de equipa. O que se reflete na qualidade de execução da organização.
Os melhores Colaboradores começam a sentir que precisam de novos estímulos e desafios… e começam a sair.
O Outono é uma fase ingrata para qualquer organização. Se o identificarmos rapidamente e o soubermos gerir temos todas as condições para levar a empresa de volta ao apogeu. No entanto, se não formos cuidadosos, rapidamente a empresa pode escorregar para as fases seguintes de grande rotina e morte.
O perigo principal é não ter a capacidade de parar para pensar e perceber em que fase se encontra a empresa.
Como o sapo no tacho de água ao lume…
Corremos o risco de não nos apercebermos da situação em que estamos e as coisas se tornem irreversíveis.
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