Muitas pessoas que me procuram pedem-me que de alguma forma tenha uma intervenção motivacional junto das suas equipas. É um facto que, com a conjuntura económica que estamos a atravessar, muitas vezes a questão emocional é difícil de gerar nas empresas, mas para mim também é difícil acreditar que é uma questão de motivação que impede os negócios de crescer e os resultados de serem melhores.
Da forma como eu vejo as coisas, os negócios são um jogo intelectual. São um jogo de ideias e um jogo em que os resultados decorrem diretamente das escolhas que nós fazemos e das decisões que nós tomamos. E muito menos da motivação, ou falta dela, que exista nas nossas equipas.
Por isso acredito que os negócios não são um jogo motivacional, mas sim um jogo intelectual. E nós sabemos que a motivação e a parte mais racional dos negócios muitas vezes têm correlações negativas. Ou seja, quando uma sobe, a outra desce.
Eu prefiro ir sempre pelo lado das escolhas, pelo lado dos conhecimentos. Porquê? Porque a última coisa que nós precisamos é de alguém motivado no caminho errado. Muitas vezes as pessoas dizem-me “Olhe, venha aqui motivar a minha equipa.” Brinco e respondo: “O senhor imagine que tem uma equipa de idiotas e eu vou lá e motivo-os. Fica com uma equipa de idiotas motivados e isso é perigoso.” Acredito que temos é de educar as pessoas.
Se a pessoa vai no caminho errado, a última coisa que precisa é de motivação para ir mais depressa.
Então, nós precisamos de motivar as pessoas uma vez que elas estejam no caminho certo. E para estarem no caminho certo têm de ter as ideias, as ferramentas e o conhecimento. E isso é que é o fundamental nos negócios. Porque este é um jogo que nós ganhamos quando vamos aprender a informação de que precisamos para gerir o nosso negócio e quando vamos buscar as ferramentas de que precisamos para executar de uma forma consistente. E é com isso que se prende a minha intervenção no mercado.
Aquilo que a minha experiência me diz é que o papel do líder deveria ser “emprestar os seus olhos” aos colaboradores, porque é suposto nós estarmos a ver aquilo que eles muitas vezes não estão.
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“O homem que está pronto, é o homem que se preparou” (N. Hill, p. 224)
@Enrique De Ahumada y Ramos Agradecido pela sua mensagem! ? ~nb