Nos meus cursos, costumo falar de uma linha a que chamo “a linha da vida”. O facto de vivermos acima ou abaixo desta linha determina aquilo que conseguimos alcançar na vida. Este foi um princípio que aprendi com Brad Sugars. Regra geral, tendemos a viver abaixo da linha! Porque, de alguma maneira, somos condicionados a fazê-lo pela nossa família, sociedade e ambiente onde nascemos e crescemos. E quando é que vivemos abaixo da linha? Cada vez que encontramos uma desculpa para aquilo que não aconteceu e devia ter acontecido. Sempre que dizemos que a culpa é da economia, das circunstâncias, da escola onde andámos, do sol, da chuva, do passar das estações do ano… o que quer que seja…. Cada vez que arranjamos um álibi para alguma coisa que não correu da forma como queríamos, criamos condições para nunca sermos bem-sucedidos. Quando dizemos que uma entrega não foi feita porque…
Eu considero que a maior falácia desta Era da Informação em que vivemos é que conhecimento é poder. Toda a gente já ouviu certamente esta ideia. No entanto, o conhecimento só se transforma em poder no dia em que o pomos em prática. Por isso, para mim, conhecimento não é poder… é potencial. Nós só aprendemos de facto qualquer coisa quando o nosso comportamento muda em função desse conhecimento. É quando pomos o nosso conhecimento em ação que as coisas começam a mudar realmente para nós. Ao longo da minha vida profissional na área da educação empresarial, já ministrei inúmeros cursos para milhares de profissionais. Muitos deles, se não mesmo a maioria, estão no curso a ouvir uma série de ideias boas, a registá-las num caderno, a pensar que as vão fazer e no final… voltam às suas atividades profissionais e não fazem coisa nenhuma, não aplicam o conhecimento que…
Um dos fatores críticos que determinam os resultados que cada um de nós vai alcançar na vida nas mais diversas áreas é a nossa autoimagem. E quando lideramos um grupo de profissionais é importante que percebamos a influência que a autoimagem de cada um deles vai ter na nossa gestão das performances. Para fazer crescer a performance média de uma equipa é preciso deslocar a média do grupo para o lado dos colaboradores de alta performance. Todavia, o conceito estatístico da convergência para a média revela-nos as pessoas abaixo da média não deixam que as restantes vão mais além. Isto tem uma explicação estatística mas também tem uma razão na psicologia. É que todos nós temos uma autoimagem. Isto é, uma imagem de nós próprios que é criada, a partir do momento em nascemos, essencialmente pelas expetativas que as pessoas que nós vemos como nossos líderes – ou em posições mais significativas…
Ao longo do tempo vai-nos sendo repetido e ensinado que é fundamental ter uma vida equilibrada. Mas será que o equilíbrio é mesmo uma coisa boa? Carreira, família, dinheiro, saúde, diversão, descanso, ambição, desejo, temperança… Dizem-nos constantemente que quando encontramos o equilíbrio entre estas áreas, encontramos consequentemente uma posição boa na vida. E nós vamos assumindo esta ideia como verdadeira. No entanto, quando olhamos para as pessoas que atingem feitos incríveis em determinadas áreas, entendemos com alguma facilidade que a maioria dessas pessoas chegou a esse nível de excelência exatamente por ter uma vida desequilibrada. Então, será que o equilíbrio é de facto o mais positivo, uma verdade inquestionável e inabalável? Por exemplo, um atleta de alta competição tende a desequilibrar a sua vida social. Porque concentra todo o seu esforço, atenção e energia no alcance de um determinado resultado. São vários os milionários que se descuidaram da sua saúde…
Todos podemos fazer coisas extraordinárias com as nossas vidas. A questão é quantos de nós decidimos que queremos mesmo fazê-las. Tudo aquilo de que precisamos para alcançar o sucesso pode ser aprendido. Mas, como tudo na vida, há um preço a pagar pelo sucesso. Todas as pessoas têm uma série de atributos inatos, a que ao longo da vida podem somar inúmeras outras qualidades. A atitude, fruto das nossas expetativas, é o fator que diferencia os nossos desempenhos individuais. Ora, aquilo que esperamos de nós próprios tem, por sua vez, origem em determinadas convicções – um conjunto de informação, baseada na nossa experiência e na maneira como a avaliamos, que está gravada no nosso subconsciente, coordenando o nosso comportamento habitual. Ou seja, o que fazemos diariamente resulta principalmente do hábito que é reflexo da imagem que temos de nós próprios. E o que podemos concluir com isto? Da mesma forma que…
Hoje falo-vos daquilo que considero ser o maior flagelo económico do final do século XX e do início do século XXI: a alienação. Ao longo dos últimos anos este tem sido o tema a que mais horas de estudo tenho dedicado. Até porque vejo alienação à minha volta em praticamente todo o lado. A alienação é fazer a tarefa pela tarefa, em vez de fazer a tarefa pelo resultado. Quando estão alienadas, as pessoas fazem a tarefa de forma a sentirem que fizeram aquilo que era suposto fazerem. Procedem exatamente da forma que lhes mandaram, sem entender a forma como o que estão a fazer vai afetar o resultado pretendido. Ou seja, fazem a tarefa validando o seu comportamento e garantindo um álibi caso resultado alcançado não seja o esperado. Quando há uma situação de crise numa empresa, a expressão mais comum é “a culpa não é a minha” ou…
Como está a responder ao que lhe acontece na vida? Grande parte da explicação do nosso sucesso vem da atitude e filosofia que temos na vida… E face à vida que, por sua vez, tem origem na nossa filosofia. Em rigor não há muito a fazer em relação àquilo que nos acontece. Mas haverá tudo a fazer em relação à forma como respondemos a isso. Jim Rohn, um dos maiores filósofos americanos contemporâneos, comparava a nossa filosofia à vela de um barco. Quanto melhor for a vela, melhor o barco anda. Muitos de nós – e eu também passei por isso – chegam a uma determinada altura da vida e sentem que, ainda que tenhamos reunidas uma série de condições para que tudo nos corra bem, Continuamos a passar ao lado dos nossos sonhos… E a faltar às promessas que fizemos a nós próprios. É nesta altura também que começamos a…