A responsabilização das pessoas e prestação de contas é um dos temas mais sensíveis e mais importantes na gestão de uma empresa. Isto porque influencia diretamente o alinhamento (ou desalinhamento) das equipas, a competitividade da empresa e os resultados que podem ser fatais ou extraordinários ao longo do tempo. Mas isto não significa que devemos andar a arranjar culpados na nossa organização para o que acontece. Refiro-me a encontrar (e criar) responsáveis!
Isto porque nós tendemos a querer culpar as pessoas…
Enquanto líderes aconselho-vos a usarem sempre o reforço positivo e a fazerem análises sem culpa. Nunca culpem ninguém das coisas!
Porque a verdade é que, se alguma coisa correu mal e se houver algum culpado, sou eu enquanto líder. Mas mesmo para mim a culpa não é uma coisa boa! A culpa é uma das coisas mais negativas da nossa cultura. Porque a culpa é um olhar sobre o passado. “A culpa é minha.”
Portanto, eu não quero culpados na minha empresa, eu quero responsáveis.
Porque o responsável tem a habilidade de encontrar uma resposta.
Ou seja, tem a responsabilidade (e a habilidade) de olhar para o futuro e arranjar uma solução. Enquanto o culpado simplesmente assume que a culpa foi dele (e assim ficamos…)
Então também não queira culpados na sua empresa!
Já o reforço positivo é um aspeto muito importante na gestão de equipas. Reforço positivo passa por “apanhar” as pessoas a fazerem as coisas certas.
Se eu tiver que treinar uma orca, eu posso castigá-la e depois entrar dentro de água com ela? Claro que não… Eu tenho que ignorar quando ela faz coisas erradas. E tenho que reforçar positivamente quando ela faz aquilo que eu quero.
Com os seres humanos funciona da mesma forma. Tem de lhes dar pouca atenção quando eles têm comportamentos errados e muita atenção quando têm comportamentos certos. Cada vez que se depara com os seus colaboradores a fazer qualquer coisa benfeita, deve incentivá-los.
Mas atenção que isto não significa aceitar a mediocridade na sua equipa.
É extremamente importante pedir responsabilidades. Se medirmos a performance e permitirmos a mediocridade, então ficamos com aquilo que toleramos. Se quando medimos não mantemos as pessoas responsáveis, não temos hipóteses de ajustar.